quarta-feira, 06 de abril de 2016. Escrito por Paula Ramos Franco Dabus.
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Só na cidade de São Paulo são produzidas diariamente 20 mil toneladas de resíduos. Desse total, 80% vem das residências. Mas infelizmente, somente 1.500 pontos são cadastrados na coleta seletiva da Prefeitura. Ou seja, tem muito lixo que poderia ser reciclado sendo desperdiçado por aí.

Na verdade, existe uma lei que determina que todo condomínio com mais de 50 unidades é obrigado a realizar a coleta seletiva. Mas não basta implantar lixeiras especiais para separar o lixo sem preparar os moradores para fazer o uso corretamente.

“60% do lixo limpo coletado pela Prefeitura é rejeitado porque as pessoas não têm informações de como fazer o descarte”, afirma Alexandre Furlan Braz, do Instituto Muda, especializado em coleta seletiva em condomínio.

A empresa de Alexandre cuida de todo o processo, desde a fabricação dos conteiners ecológicos, treinamento e coleta. “Temos um rejeite de apenas 10% do material coletado e atribuimos esse resultado ao treinamento feito com moradores, funcionários e empregadas domésticas do condomínio“.

Segundo Alexandre, é necessário realizar um treinamento muito prático com essas pessoas, para que possam entender quais materiais podem ser reciclados, qual a maneira correta de fazer a limpeza antes do descarte e como separar os materiais adequadamente. “Muita gente não sabe que o isopor, por exemplo, não pode ser reciclado”, conta ele.

Algumas empresas de coleta seletiva também fornecem aos moradores relatórios com um feedback sobre a qualidade do material que estão separando e o destino do material reciclável. Os condôminos podem acompanhar o trabalho, conhecer os resultados e ainda serve como um incentivo para que continuem a reciclar.