segunda-feira, 11 de janeiro de 2016. Escrito por Paula Ramos Franco Dabus.
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Que tal não depender do abastecimento público de água e ainda não pagar pela água consumida no condomínio? Parece fantástico, não é? Pois essa é uma solução possível e bastante viável.

O segredo está na utilização da água disponível nos lençóis freáticos, ou mina, como também é chamado, que passam embaixo do terreno do condomínio. Dependendo da quantidade e qualidade da água é possível tratar e utilizar nas áreas comuns e até mesmo nos apartamentos.

“Em um primeiro momento, observamos se o fluxo de captação do subsolo é suficientemente grande para atender as necessidades básicas para a manutenção das regas de jardim e limpeza das áreas comuns. Caso esse fluxo seja muito superior, podemos partir para algo mais interessante, que é fazer uma aferição do volume e analise da água para saber se sua condição natural permite seu tratamento e, consequentemente, a possibilidade para adequação, via mini estação de tratamento de água, dentro dos parâmetros da Portaria MS 2914”, explica Sidney P. Martinez, Diretor Técnico da empresa Águas Claras Tratamento de Água.

O especialista explica que se o volume de água é abundante pode-se optar pela fonte alternativa, garantindo desta forma a total autonomia do abastecimento de água, independentemente do fornecimento da rede pública, com a vantagem de economia financeira que muitas vezes é significativa, gerando receita adicional ao Condomínio.

Ele conta que com a crise no abastecimento de água, diversos síndicos e administradores estão procurando soluções para evitar a falta de água e ainda economizar. “Existem Condomínios que fazem uso deste recurso há mais de vinte anos, porém a disseminação desta possibilidade ocorreu de forma mais contudente com a crise hídrica que estamos enfrentando. Com isso muitos administradores de condomínios vêm buscando a possibilidade da utilização da água captada do lençol freático, ou até mesmo partindo para a opção de perfuração de poço tubular profundo para atender à necessidade de autonomia e independência.

É importante lembrar que não se deve fazer uso dessa água sem verificar a sua qualidade e riscos de contaminação. É preciso, por exemplo, checar nas imediações se existe alguma situação que venha gerar o impedimento do uso deste recurso, como cemitérios e postos de gasolina mal cuidados.

Outro detalhe importante é a legalização do uso desse recurso. “Hoje existe a possibilidade de legalização. Pode-se contratar os serviços de um Geólogo para esse fim, que cuidará de toda parte legal junto ao DAEE, SETESB e outros Órgãos responsáveis”, alerta Sidney.